segunda-feira, 25 de maio de 2009

TRADIÇÃO & TABU: IPM VICE-CAMPEÃO.

Deram as mãos e fizeram um belo passeio no final de semana. Quem? O Tabu e sua namorada, a Tradição. Foram até o bairro Carlos Prates, acompanhar a terceira final com a participação dos Impróprios, aquela final que consolidou a terceira prata da equipe no CSAPÃO, a vocação para a conquista do vice-campeonato. E sempre nos "Aperturas".

A partida pela semifinal, na qual a Matilha Prateada conquistou, para alguns, o favoritismo para a final, fora incrível. Milagres na defesa, raça, gritos constantes, os jogadores no banco sempre em pé, a torcida em polvorosa. O duelo foi decidido na prorrogação e sobrava vontade do IPM para jogar.

Depois a equipe preferiu gozar uma semana de descanso, sem treinos, para recuperação dos jogadores estafados. Tiveram conversas ao final da aula, fizeram a revisão da gravação do jogo, combinaram, verbalmente, algumas possíveis jogadas contra o Bento XVI. Enquanto isso, o time do XVI treinava saídas de bola, faltas, escanteios, marcações. A disciplina tática do último fez diferença e não deixou a raça do time do XVIII CSAP prevalecer no jogo. Envolvidos pela marcação bentoniana, os Impróprios jogaram tensos, errando muitos passes, desperdiçando ataques e cometendo faltas desnecessárias ou inoportunas. Lipe, goleiro adversário, foi pouco cobrado. Ian brilhou, tanto para se desvencilhar da marcação quanto para decidir e converter gols.

Antes da partida o clima era de festa, com cartazes, fotos coletivas e apertos de mão:



O jogo

O resultado foi 5 a 1, com mérito reconhecido do Bento, que construiu o resultado a cada jogada. O primeiro gol deles veio em falha de Michel: saída de bola errada, nos pés de JoeJoe, que tocou para o meio e encontrou Ian, cujo chute raspou em Toninho e foi para o canto, longe da ponte do nosso goleiro. Ainda tranquilos saímos rápido, mas sem efeito.

Poucos minutos e uma falta é cometida impropriamente na linha da área. Três na barreira junto à trave, o goleiro Michel e ao seu lado esquerdo, Daniel, marcando JoeJoe rente à trave, a pedido do goleiro impróprio. JoeJoe sai e Daniel acompanha, deixando o lado esquerdo do gol aberto. Marcel chuta forte, a bola explode na mão esquerda de Michel e segue em direção ao gol, encontrando o caminho deixado livre e morrendo nas redes.

Tempo para o IPM. Todos conversam, combinam a volta com garra, decididos a virar o jogo. Passam-se algumas jogadas de ataques para ambos os lados, a maioria obstaculizada no meio da quadra. Nosso time tentando chuveirinhos, eles colocando a bola no chão e tocando. Em uma delas, JoeJoe rola para Marcel, que chuta forte, Michel dá o rebote, Bozo e Melo dividem, com Bozo indo em direção ao chão de joelhos, mas caindo sobre o peito de Michel, que fica tombado, sentindo dor. Preocupação para todos por alguns instantes, até que ele se levanta e o jogo é retomado.

No contra-ataque do IPM a bola bate na mão de JoeJoe, mas o árbitro nada marca. Saída de bola do Bento, Ian obstrui o marcador de Marcel, que chuta cruzado e ganha um escanteio. As obstruções foram recorrentes no jogo, tendo se tornado uma jogada característica do Bento, muito capciosa. No ataque Ramsés luta pela bola, ganha um escanteio favorável, toca rápido para Melo, que chuta e marca. Até aqui, dois a um para nossos adversários.

O jogo parecia que ia mudar. Dois ataques nossos, um com Melo e outro com Daniel, terminam em chutes rentes à trave bentoniana, mas para fora. Mais alguns minutos de imprópria pressão e o tempo é pedido pela turma de formandos. Na volta, Perdigão avança sozinho, deixando Ramsés para trás, pede a bola e junto com ela recebe falta de Mauro. Michel pede quatro homens na barreira e é atendido, mas Ian, em tarde inspirada, dá a - odiada por todo goleiro - paradinha e bate por baixo das pernas do guarda-redes.

Em jogada desleal, Torrozo divide a bola com Toninho e Melo, deixando o cotovelo para Toninho. É advertido pelo árbitro e recebe o amarelo. O banco do Bento imediatamente o convoca de volta e dá o devido puxão de orelha. Na cobrança de falta, Melo rola de letra, Daniel chuta forte, mas Alemão (Alemão!) se joga de carrinho e fecha o ângulo. Ian avança, chuta e o goleiro defende. Fim do primeiro tempo.

Peçanha vai até o time, chama todos de Guerreiros, lembra que ainda dá tempo. Todos buscam que Pilha se concentre no jogo. Toninho e Rodolfo são chamados a entrar mais em quadra.

Recomeça o jogo, nosso ataque só na base do chuveirinho, feio como bater em mãe com um pedaço de carne na sexta-feira da paixão. A torcida louca, gritando, batucando, investindo no nosso time. Ataca aqui, ataca lá. Eles com mais perigo. Começa a catimba de quem está ganhando... Bola sai pela lateral, a favor do Bento. Lipe a pega e joga para o fundo da quadra. O IPM pede cartão, mas o árbitro nada marca.

Minutos depois, Ian toca para Perdigão, corre e Pilha não acompanha. Perdigão tabela com Ian, que avança, dribla e chuta. Michel dá o rebote, que Ian busca para converter o quarto gol do Bento. A torcida parece não acreditar, está muda, pela primeira vez na história.

O jogo continua. Bola rolada para Michel, que a levanta e chuta, com perigo, mas apenas conquistando o escanteio. Cobrança sem perigo e IPM pede tempo. Na volta, falta em cima de Ramsés. Toninho rola para Daniel chutar por cima do gol. No contra-ataque, Ian toca para JoeJoe, que corta entre Toninho e Daniel, chega na cara do gol, mas, na saída do goleiro, chuta em seu rosto e fica com o escanteio. O escanteio é cobrado para Ian, a marcação não fecha e ele chuta forte, convertendo o quinto gol bentoniano.

O IPM vai para goleiro linha. Primeiro com Daniel, depois com Ramsés, por fim com Pilha. Nenhuma das combinações funciona, mesmo com os Impróprios atacando mais.

A lição

No fim, fica como ensinado pelo provérbio árabe (que o digam os XXiitas):

“Há quatro coisas que não voltam atrás: a palavra dita, a flecha disparada, os decretos divinos e o tempo perdido”.

A Flecha Prateada, conforme palavras ditas nesse BLOG, não voltou atrás e acertou o que mirou: a final, sendo vice-campeã pela terceira vez. Já o Bento não desperdiçou o tempo, treinou e aproveitou as bençãos divinas para levar o bicampeonato.

A festa bentoniana foi grande. A do IPM também. Demos a volta olímpica com o troféu de segundo lugar, reverenciamos a torcida, nossa amada torcida e curtimos o churrasco com os campeões e demais prestigiadores da final. As fotos estão aqui. Abaixo uma pequena amostra:































































































Todo Apertura (2007, 2008 e 2009) foi prata nossa.

No "Clausura 2009" vamos para o ouro.

MAKTUB.

A Flecha Prateada está lançada.

1 comentários:

Bentoniano disse...

"e Alemão (Alemão!)" hauhauahuahuahuahau
De longe, a melhor parte de todas as matérias sobre a final hehehe

Outro comentário: Peçanha com placa de paz no estádios é foto pro próximo 1º de abril... hehe

No mais, QUEM GANHOU???????