quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O despontar de uma era

Eis que guiados por um novo sonho, os Impróprios fazem surgir a imagem virtual daquele que, na real, é um dos mais coesos grupos já formados. À procura de mulheres, truco e muitos goles, seus escudeiros se lançam em mais uma empreitada, a de divulgar seu hino, sua caminhada, sua lição.


A história desta ilustre equipe, embora ainda não consagrada, teve início nos idos de 2006. Vestibulandos um ano antes, a turma do XVIII CSAP se reuniria no segundo semestre para começar uma nova e promissora jornada, na qual encontrariam amigos, adversários, amantes e obstáculos, não necessariamente nessa ordem. Ainda calouros, buscaram participar do CSAPÃO, renomado torneio de futsal entre os estudantes de Administração Pública da FJP e seus egressos.

E qual não foi a surpresa?

CSAPÃO Clausura 2006. Um time sólido, completo, capaz de arrancar suspiros das lindas torcedoras e arrepiar os oponentes. Não seriam tomados como favoritos, não até vencerem os então campeões. E o fizeram na primeira partida do torneio! Com resultado apertado, 4 a favor e 3 contra. Vencido, o time do XI CSAP prometeu vingança... Na segunda partida, a segunda vitória: 7 a 5 contra o Piqueteam, do XII CSAP. Na terceira partida, a última da primeira fase, ganhariam de WO do 171, time nunca temido. Nunca temido naquele tempo, diriam todos, naquele tempo. O IPM, líder da chave, estava na segunda fase. Enfrentaria o campeão da repescagem. Quem seria: o Onze com Álcool, o Fenomelístico ou o Sexta-feira XIII? Aqueles, claro, que juraram vingança! E a tiveram, cruel: 4 gols para os laranjas, enquanto o IPM fazia apenas o de honra. Todavia, não era o fim, havia a disputa do bronze, contra o Bento XVI. E os Impróprios queriam a medalha, a volta por cima. Também a queriam os adversários, veteranos no período da tarde, santos apenas sob o olhar desatento do Vaticano. A partida foi dura, suada, um duelo. O IPM, com a velocidade e vontade de calouros, venceu, com o elástico placar de 8 a 3. No primeiro torneio, a primeira medalha, o bronze.

CSAPÃO Apertura 2007. O IPM queria mais. Queria o respeito, a consagração, escalar degraus no pódio. A primeira chave trazia de volta o duelo que decidira o 3º lugar um semestre antes. Trazia também o Só Canelas, time irreverente, e o Deztemidos. Na partida inaugural, 5 a 1 no Bento XVI. Em seguida, vitória sob o Só Canelas e vitória sobre o Deztemidos, por 7 a 1. Um início brilhante!

Na semifinal o jogo seria contra o Galáticos, do XV CSAP. Em um jogo disputado venceram os Impróprios, por 8 a 5. Estavam na final! E ela seria disputada contra o Abutres, cujo destaque, RC, era conhecido nas quadras. A torcida compareceu em peso, familiares, amigos, peguetes, estavam todos lá, na expectativa, aos gritos, embalando o time. Que clássico! Gol lá, gol cá. Gol lá, gol cá. Gol lá, gol cá. Gol lá, gol cá. 4 a 4! Seriam os pênaltis? Ah, quem sabe se tivessem sido! O mesmo RC, conhecido, porém desmarcado, teve a proeza de marcar o quinto e selar o destino do IPM. Antes bronze, agora prata.

CSAPÃO Clausura 2007. Bronze, prata, ouro? Acompanhe-nos e relembre... Recordar é viver... A organização do torneio mudou e com ela a forma de disputa. Antes eram três chaves, com quatro times cada. Os 3 primeiros lugares iam à semifinal direto. Os 3 segundo colocados disputavam uma repescagem pela quarta vaga. Não mais seria assim: duas seriam as chaves, com 6 times cada. IPM, Galáticos, Deztemidos, 171, Maxixe e Xoxota compunham a chave A. Onze com Álcool, Abutres, Piqueteam, Sexta-feira XIII e Bento XVI a segunda chave, com um time a menos.

IPM larga na frente, 12 a 2 no Maxixe. Vem a segunda rodada, contra o Xoxota, então calouros, apresentando uma qualidade regular, um time forte. Mas era o dia do IPM: 5 a 3 no salmão endiabrado. 3ª rodada e 3ª vitória: 5 a 2 no Galáticos. Que escalada, que sensação... Seriam imbatíveis, seriam gigantes? Bem, quanto mais alto... A partida seguinte trouxe uma derrota, de 6 a 5, embora uma vitória relativamente fácil já tivesse marcado o confronto entre IPM e Deztemidos. Quem sabe na próxima? Mas o 171, aquele mesmo, de outrora, tornava-se a zebra e valorizava sua camisa listrada. Outra derrota, por 5 a 4. O IPM ia para a segunda fase, com a campanha em franca decadência. Os próximos rivais, nas quartas-de-final: Abutres. Novamente, uma tristeza alcançaria a torcida, o IPM seria eliminando nas quartas após perder por 9 a 5.

CSAPÃO Apertura 2008. Nova oportunidade, desejos renovados. Após três torneios o IPM reúne uma prata e um bronze. Começam os duelos. A abertura contra o Maxixe é repetida, com o placar de 7 a 2. Contra o Xoxota, de novo, 5 a 3. Estaria a equipe azul e preta fadada ao mesmo destino? Contra o Black Jack, na terceira rodada, 7 a 3. Viria o confronto contra o Onze com Álcool. Em 2006 havia sido uma vitória para cada lado. O desempate... E a vitória do IPM, por 7 a 5! Mas a quinta rodada seria fatídica: em confronto com o Bento XVI, em jogada conturbada, colidiram os jogadores Pilha e Peçanha, ambos do IPM. Pilha saiu com 4 tendões rompidos no pé e estava fora do campeonato. O acidente desnorteou os jogadores e veio a derrota por 7 a 5.

Mas avançaram às quartas-de-final, contra o Galáticos. A polêmica tomou conta dos bastidores, a expectativa para o jogo era grande. Os capitães dos dois times trocaram e-mails e ameaças... O clima estava pesado. E árduo foi o jogo. O placar foi aberto para o time do XV, em gol contra de Melo. Em seguida o próprio Melo buscou o empate. Galáticos marcou o segundo, Daniel, pelo IPM, em jogada ensaiada, igualou os marcadores. Eram gritos para todos os lados, faltas, trombadas. Mais um gol para o IPM, mais um gol para o Galáticos. O desempate seria nos pênaltis. Que momento para os goleiros! E o goleiro do IPM, Michel, brilhou, defendendo a cobrança de um ex-artilheiro do CSAPÃO. Os cobradores do IPM não titubearam e converteram as três batidas. Era o IPM na semifinal. Contudo, a polêmica que antecedeu o jogo foi acirrada pelos ânimos, dedo na cara, palavrão e um jogador do IPM expulso, suspenso da semifinal.

Na semifinal o IPM enfrentaria o 171, de Nandinho e Chuck, equipe que aumentara a qualidade e obtivera o respeito dos demais times. Mas a partida foi Imprópria, que faturou a vaga na final após marcar 8 e sofrer apenas 3. Durante os treinos da semana, contudo, uma notícia triste, Rodolfo, machucado, estava também fora da final. E os salmões endiabrados, que nunca haviam vencido o IPM, vieram com todos os titulares, reservas, fãs e amigos. O IPM marcou primeiro, mas o Xoxota estava ávido pela vitória. Sem a participação de Pilha e Rodolfo, esgotados pelas últimas partidas, coube aos demais jogadores levar a prata novamente e assistir a celebração em rosa e preto.

CSAPÃO Clausura 2008. Guilherme Parentoni, alcunha Pilha, continua fora, machucado. O goleiro, Michel, continua jogando, mas com o pulso dolorido, que descobriria fraturado. Daniel, ex-artilheiro, lesiona a perna. O semestre não estava promissor. IPM começa com vitória, 9 a 4 no Deztemidos. Segue imbatível pelos Galáticos, vencendo por 4 a 2. Perde novamente para o 171, por 5 a 3. Em jogo apertado, de poucos gols, vence o Onze com Álcool, por 3 a 2, levando o Impróprio a alcançar três vitórias em quatro partidas contra os laranjas. Contra o Maxixe sente a pressão das lesões, mas ainda vence por 5 a 4, graças à participação, vetada pelo departamento médico, do jogador Pilha, que inclusive marcou seu gol. Nas quartas-de-final enfrenta o XXiitas, time de calouros, considerado por alguns o favorito, mas não pelo IPM, que sempre lutou até o apito final. Não teve jeito, o IPM perdeu por 4 a 0, no pior resultado individual da equipe em todos os tempos. O XXiitas perdeu para o Xoxota na semifinal, por 5 a 0. O Xoxota perdeu a final para o Bento XVI, por 5 a 1. Não houve medalhas para o IPM desta vez. Mas o time saiu com a promessa: seus jogadores se recuperariam das lesões, trabalhariam juntos e voltariam, no ano de 2009, com cara nova e energias revigoradas, prontos para os embates, dispostos a superar as adversidades e, através delas, tornarem-se ainda mais fortes.

2 comentários:

Fernando Quirino disse...

Caro Michel,
Mais do que graduando em Ciências Econômicas na UFMG, graduando em Adm. Pública na Escola de Governo, capitão do IPM, goleiro titular absoluto do mesmo, estagiário do NESP/FJP,... bem... me perdi...
Ah, sim... mais do q tudo isso, o senhor se mostrou o grande historiador do Lobo das Alterosas, ou Lobo da Pampulha, ou Lobo do Vale do Arrudas... enfim... do grande Lobo Prata do CSAP!
Bela postagem... parabéns!

Djanis disse...

Fantástico!!!