Eis que guiados por um novo sonho, os Impróprios fazem surgir a imagem virtual daquele que, na real, é um dos mais coesos grupos já formados. À procura de mulheres, truco e muitos goles, seus escudeiros se lançam em mais uma empreitada, a de divulgar seu hino, sua caminhada, sua lição.
A história desta ilustre equipe, embora ainda não consagrada, teve início nos idos de 2006. Vestibulandos um ano antes, a turma do XVIII CSAP se reuniria no segundo semestre para começar uma nova e promissora jornada, na qual encontrariam amigos, adversários, amantes e obstáculos, não necessariamente nessa ordem. Ainda calouros, buscaram participar do CSAPÃO, renomado torneio de futsal entre os estudantes de Administração Pública da FJP e seus egressos.
E qual não foi a surpresa?
CSAPÃO Clausura 2006. Um time sólido, completo, capaz de arrancar suspiros das lindas torcedoras e arrepiar os oponentes. Não seriam tomados como favoritos, não até vencerem os então campeões. E o fizeram na primeira partida do torneio! Com resultado apertado, 4 a favor e 3 contra. Vencido, o time do XI CSAP prometeu vingança... Na segunda partida, a segunda vitória: 7 a 5 contra o Piqueteam, do XII CSAP. Na terceira partida, a última da primeira fase, ganhariam de WO do 171, time nunca temido. Nunca temido naquele tempo, diriam todos, naquele tempo. O IPM, líder da chave, estava na segunda fase. Enfrentaria o campeão da repescagem. Quem seria: o Onze com Álcool, o Fenomelístico ou o Sexta-feira XIII? Aqueles, claro, que juraram vingança! E a tiveram, cruel: 4 gols para os laranjas, enquanto o IPM fazia apenas o de honra. Todavia, não era o fim, havia a disputa do bronze, contra o Bento XVI. E os Impróprios queriam a medalha, a volta por cima. Também a queriam os adversários, veteranos no período da tarde, santos apenas sob o olhar desatento do Vaticano. A partida foi dura, suada, um duelo. O IPM, com a velocidade e vontade de calouros, venceu, com o elástico placar de 8 a 3. No primeiro torneio, a primeira medalha, o bronze.
CSAPÃO Apertura 2007. O IPM queria mais. Queria o respeito, a consagração, escalar degraus no pódio. A primeira chave trazia de volta o duelo que decidira o 3º lugar um semestre antes. Trazia também o Só Canelas, time irreverente, e o Deztemidos. Na partida inaugural, 5 a 1 no Bento XVI. Em seguida, vitória sob o Só Canelas e vitória sobre o Deztemidos, por 7 a 1. Um início brilhante!
Na semifinal o jogo seria contra o Galáticos, do XV CSAP. Em um jogo disputado venceram os Impróprios, por 8 a 5. Estavam na final! E ela seria disputada contra o Abutres, cujo destaque, RC, era conhecido nas quadras. A torcida compareceu em peso, familiares, amigos, peguetes, estavam todos lá, na expectativa, aos gritos, embalando o time. Que clássico! Gol lá, gol cá. Gol lá, gol cá. Gol lá, gol cá. Gol lá, gol cá. 4 a 4! Seriam os pênaltis? Ah, quem sabe se tivessem sido! O mesmo RC, conhecido, porém desmarcado, teve a proeza de marcar o quinto e selar o destino do IPM. Antes bronze, agora prata.
CSAPÃO Clausura 2007. Bronze, prata, ouro? Acompanhe-nos e relembre... Recordar é viver... A organização do torneio mudou e com ela a forma de disputa. Antes eram três chaves, com quatro times cada. Os 3 primeiros lugares iam à semifinal direto. Os 3 segundo colocados disputavam uma repescagem pela quarta vaga. Não mais seria assim: duas seriam as chaves, com 6 times cada. IPM, Galáticos, Deztemidos, 171, Maxixe e Xoxota compunham a chave A. Onze com Álcool, Abutres, Piqueteam, Sexta-feira XIII e Bento XVI a segunda chave, com um time a menos.
IPM larga na frente, 12 a 2 no Maxixe. Vem a segunda rodada, contra o Xoxota, então calouros, apresentando uma qualidade regular, um time forte. Mas era o dia do IPM: 5 a 3 no salmão endiabrado. 3ª rodada e 3ª vitória: 5 a 2 no Galáticos. Que escalada, que sensação... Seriam imbatíveis, seriam gigantes? Bem, quanto mais alto... A partida seguinte trouxe uma derrota, de 6 a 5, embora uma vitória relativamente fácil já tivesse marcado o confronto entre IPM e Deztemidos. Quem sabe na próxima? Mas o 171, aquele mesmo, de outrora, tornava-se a zebra e valorizava sua camisa listrada. Outra derrota, por 5 a 4. O IPM ia para a segunda fase, com a campanha em franca decadência. Os próximos rivais, nas quartas-de-final: Abutres. Novamente, uma tristeza alcançaria a torcida, o IPM seria eliminando nas quartas após perder por 9 a 5.
CSAPÃO Apertura 2008. Nova oportunidade, desejos renovados. Após três torneios o IPM reúne uma prata e um bronze. Começam os duelos. A abertura contra o Maxixe é repetida, com o placar de 7 a 2. Contra o Xoxota, de novo, 5 a 3. Estaria a equipe azul e preta fadada ao mesmo destino? Contra o Black Jack, na terceira rodada, 7 a 3. Viria o confronto contra o Onze com Álcool. Em 2006 havia sido uma vitória para cada lado. O desempate... E a vitória do IPM, por 7 a 5! Mas a quinta rodada seria fatídica: em confronto com o Bento XVI, em jogada conturbada, colidiram os jogadores Pilha e Peçanha, ambos do IPM. Pilha saiu com 4 tendões rompidos no pé e estava fora do campeonato. O acidente desnorteou os jogadores e veio a derrota por 7 a 5.
Mas avançaram às quartas-de-final, contra o Galáticos. A polêmica tomou conta dos bastidores, a expectativa para o jogo era grande. Os capitães dos dois times trocaram e-mails e ameaças... O clima estava pesado. E árduo foi o jogo. O placar foi aberto para o time do XV, em gol contra de Melo. Em seguida o próprio Melo buscou o empate. Galáticos marcou o segundo, Daniel, pelo IPM, em jogada ensaiada, igualou os marcadores. Eram gritos para todos os lados, faltas, trombadas. Mais um gol para o IPM, mais um gol para o Galáticos. O desempate seria nos pênaltis. Que momento para os goleiros! E o goleiro do IPM, Michel, brilhou, defendendo a cobrança de um ex-artilheiro do CSAPÃO. Os cobradores do IPM não titubearam e converteram as três batidas. Era o IPM na semifinal. Contudo, a polêmica que antecedeu o jogo foi acirrada pelos ânimos, dedo na cara, palavrão e um jogador do IPM expulso, suspenso da semifinal.
Na semifinal o IPM enfrentaria o 171, de Nandinho e Chuck, equipe que aumentara a qualidade e obtivera o respeito dos demais times. Mas a partida foi Imprópria, que faturou a vaga na final após marcar 8 e sofrer apenas 3. Durante os treinos da semana, contudo, uma notícia triste, Rodolfo, machucado, estava também fora da final. E os salmões endiabrados, que nunca haviam vencido o IPM, vieram com todos os titulares, reservas, fãs e amigos. O IPM marcou primeiro, mas o Xoxota estava ávido pela vitória. Sem a participação de Pilha e Rodolfo, esgotados pelas últimas partidas, coube aos demais jogadores levar a prata novamente e assistir a celebração em rosa e preto.
CSAPÃO Clausura 2008. Guilherme Parentoni, alcunha Pilha, continua fora, machucado. O goleiro, Michel, continua jogando, mas com o pulso dolorido, que descobriria fraturado. Daniel, ex-artilheiro, lesiona a perna. O semestre não estava promissor. IPM começa com vitória, 9 a 4 no Deztemidos. Segue imbatível pelos Galáticos, vencendo por 4 a 2. Perde novamente para o 171, por 5 a 3. Em jogo apertado, de poucos gols, vence o Onze com Álcool, por 3 a 2, levando o Impróprio a alcançar três vitórias em quatro partidas contra os laranjas. Contra o Maxixe sente a pressão das lesões, mas ainda vence por 5 a 4, graças à participação, vetada pelo departamento médico, do jogador Pilha, que inclusive marcou seu gol. Nas quartas-de-final enfrenta o XXiitas, time de calouros, considerado por alguns o favorito, mas não pelo IPM, que sempre lutou até o apito final. Não teve jeito, o IPM perdeu por 4 a 0, no pior resultado individual da equipe em todos os tempos. O XXiitas perdeu para o Xoxota na semifinal, por 5 a 0. O Xoxota perdeu a final para o Bento XVI, por 5 a 1. Não houve medalhas para o IPM desta vez. Mas o time saiu com a promessa: seus jogadores se recuperariam das lesões, trabalhariam juntos e voltariam, no ano de 2009, com cara nova e energias revigoradas, prontos para os embates, dispostos a superar as adversidades e, através delas, tornarem-se ainda mais fortes.
2 comentários:
Caro Michel,
Mais do que graduando em Ciências Econômicas na UFMG, graduando em Adm. Pública na Escola de Governo, capitão do IPM, goleiro titular absoluto do mesmo, estagiário do NESP/FJP,... bem... me perdi...
Ah, sim... mais do q tudo isso, o senhor se mostrou o grande historiador do Lobo das Alterosas, ou Lobo da Pampulha, ou Lobo do Vale do Arrudas... enfim... do grande Lobo Prata do CSAP!
Bela postagem... parabéns!
Fantástico!!!
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